domingo, 31 de março de 2019

PARASITOLOGIA MÉDICA - ENFERMAGEM


- Os moneras são eucariontes e unicelulares.
- Os protistas também são unicelulares.
- Importância das algas azuis – as algas azuis fornecem oxigênio.
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Dentro dos protozoários classificam-se de acordo com a organela de locomoção.
1 – Pseudópodos – falsos pes
2- Flagelos
3 – Cílios,
4- Não tem locomoção.
Filos platelmintos.
CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITAS
1-  Helmintos: Metazoários; invertebrados semelhantes a vermes. (Somente os que parasitam o homem). Consideraremos o seguinte:

A. Filo Nemathelminthes: ( classificados de acordo com aspecto do corte, alguns são redondos e outros achatados.


I Classe Nematoda: vermes cilíndricos (corpo redondo ao corte)

B. Filo Platyhelminthes

I - Classe Cestoda: vermes em fita (corpo achatado e segmentado)

II- Classe Digenea: trematódeos (corpoachatado, foliáceoe nãosegmentado)

2. Protozoários: (classificados de acordo com a organela de locomoção)
Microorganismos eucariotas unicelulares.

A. Filo Sarcomastigophora

I Classe Lobosea: organismos que se movem por meio de pseudópodos (são as amebas – falsos pés)

2 Classe Zoomastigophora: organismos que se movem por meio de flagelos.

B. Filo Ciliophora

I Classe Kinetofragminophorea: organismos que se movem por meio de cílios.

C. Filo Apicomplexa – são esporozoários.

I Classe Sporozoea: organismos com ciclos de reprodução tanto sexuada como assexuada; complexo apical visível por microscopia eletrônica.

3. Artrópodos - exoesqueleto gido, apêndices articulados. Somente os que o parasitas humanos e que transmitem doenças parasitárias serão considerados.

A. Filo Arthropoda

I Classe Insecta: moscas, mosquitos, percevejos, piolhos e pulgas.

II ClasseArachnida: carrapatos e microácaros.

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Relações harmônicas x Relações desarmônicas.


- Relações harmônicas: um ganha sem o outro perder ou ambos ganham.

a. Comensalismo. Associação entre dois organismos de espécies diferentes, uma das partes sendo beneficiada e a outra nem beneficiada nem prejudicada. Exemplo: existem 3 tipos de amebas que fazem esse tipo de relação, se alimentando de restos de alimentos no intestino sem prejudicar o nosso organismo.

b. Simbiose. Associação entre duas espécies de organismos que mantêm dependência desse relacionamento.
Exemplo: Bactéria se alimenta de restos de alimentos, e fornece vitamina k para nosso organismo.

c. Mutualismo. Define um tipo de associação entre populações diferentes em que ambas se beneficiam, entretanto, podem estabelecer ou não um estado de interdependência fisiológica.

- Relações desarmônicas: uma das partes sempre vai perder.

a. Predatismo. Um indivíduo (maior / predador) se alimenta de outro (menor / presa), que é de uma espécie diferente da sua.

b. Parasitismo. Associação entre duas espécies diferentes de organismos na qual a menor espécie vive sobre a outra ou dentro dela e possui grande dependência metabólica da espécie hospedeira.

-- (Desenho da vaca NO CADERNO):

- Vaca (hospedeiro) – carrapato (parasita) = Parasitismo
*Obs: Nesse caso o carrapato ainda é ectoparasita por estar na superfície.

- Vaca sabiá (passarinho) = Mutualismo
O pássaro se alimenta e livra a vaca do parasita, ambos ganham.

- Sabiá carrapato = Predatismo.
O sabiá é o predador e o carrapato a presa. Maior sobre o menor.

-- Desenho do peixe.

- Rêmora - peixe = comensalismo
Quando o tubarão vai se alimentar, estraçalha sua presa, sobra resíduos, e esses resíduos a rêmora se alimenta. Nesse caso os dois ganham.

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Ectoparasita: Parasita em superfície do hospedeiro.
Endoparasita: Parasita que vive dentro do organismo do hospedeiro.
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Taxonomia. – conceito no caderno.

Hospedeiro acidental ou vicariante. Parasita outro hospedeiro que não o seu normal. O parasita pode ou não se desenvolver totalmente num hospedeiro acidental.
Como exemplo, a teníase. A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium (do porco) e Taenia saginata (do boi).

 Ciclo:

  1. Ao se alimentar de carnes cruas ou malpassadas, o homem pode ingerir cisticercos (larvas de tênia).
  2. No intestino, a larva se liberta, fixa, cresce e origina a tênia adulta.
  3. Reproduzem-se entre si e originam proglotes grávidas, cheias de ovos. São liberados durante ou após as evacuações.
  4. No solo, rompem-se e liberam ovos. Espalham-se pelo meio e podem ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário.
  5. No intestino do animal, os ovos penetram no revestimento intestinal e caem no sangue. Atingem principalmente a musculatura sublingual, diafragma, sistema nervoso e coração.
6. Cada ovo se transforma em uma larva, uma tênia em miniatura, chamada cisticerco, cujo tamanho lembra o de um pequeno grão de canjica. Essa larva contém escólex e um curto pescoço. 

7.    Por auto infestação, os ovos passam para a corrente sanguínea, desenvolvem-se em cisticercos (larvas) em tecidos humanos, causando uma doença, a cisticercose, que pode ser fatal.
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= Glossário=
- Hospedeiro definitivo. Hospedeiro animal no qual o parasita vive na fase adulta e/ou na fase de reprodução sexuada
- Hospedeiro intermediário. No qual o parasita passa seu estágio larval ou fase de reprodução assexuada.
- Hospedeiro reservatório. Animal que alberga uma espécie parasitária à qual o homem também é suscetível, podendo infectar-se. Ex: tatu e gambá são reservatório de chagas p/ o homem.
- in vitro. Observável em tubo de ensaio ou outro sistema "não-vivo". EX: fecundação em placa p/ depois injetar em útero.
- in vivo. Dentro de um organismo vivo.
- Infecção. Invasão do corpo por um organismo patogênico (exceto artrópodes), com reação dos tecidos do hospedeiro à presença do parasita. O parasita penetra dentro do organismo e causa resposta imunológica.

- Infestação. (superfície) Estabelecimento de artrópodes sobre o hospedeiro ou dentro dele (inclusive insetos, carrapatos e ácaros).
- Parasita facultativo. Organismo capaz de viver independentemente ou parasitando; não é um parasita obrigatório, mas um parasita em potencial.
- Parasita obrigatório. Parasita que o pode viver separado do seu hospedeiro.
- Patogenicidade. Capacidade para produzir alterações patogênicas.
- Patogênico. Produção de danos nos tecidos ou produção de doença.
 - Portador. Hospedeiro que alberga um parasita mas não exibe sinais ou sintomas clínicos.
- Vetor. Qualquer veiculador que transporta um microorganismo· patogênico de um hospedeiro infectado para um não infectado. Um vetor pode transmitir uma doença mecanicamente (vetor mecânico) ou pode ser um hospedeiro essencial para o ciclo de vida do organismo patogênico (vetor biológico).
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Os parasitas que tiveram longa evolução com as suas espécies hospedeiras (inclusive protozoários parasitas) desenvolveram adaptações que permitem evasão dos mecanismos imunológicos de reconhecimento e de resposta de seus hospedeiros.
Existem dois modos principais de transmissão de infecções por protozoários: pela ingestão do protozoário no estágio infectante ou pela transmissão por um artrópodo vetor. Isto é específico para cada espécie.

1. amebas que se movem por meio de pseudópodos;
2. protozoários que têm um ou rios flagelos;
3. protozoários que se movem por meio de inúmeros cílios existentes na superfície da célula;

4. protozoários que não apresentam' nenhum modo evidente de locomoção (este grupo tem reprodução sexual durante o ciclo de vida)
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CLASSE LABOSEA

As amebas da ordem Amoebida que são parasitas do homem.
A forma móvel, que se reproduz e se alimenta (trofozoíta) vive mais frequentemente no trato gastrointestinal baixo. Muitas dessas amebas podem formar um estágio cístico, que não se alimenta nem se move, que é o estágio infectante para o homem.
A transmissão de amebas geralmente se dá pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes contendo os cistos. Quando os cistos o ingeridos e passam para o intestino grosso, desencistam-se e começam a se alimentar e se multiplicar como trofozoítas.
Quando esses cistos são ingeridos e param no intestino grosso, ocorre o desencistamento e se alimentam e multiplicam na forma de trofozoíta

- Estudaremos: Entamoeba histolytica (desenteria amebiana); / Entamoeba Coli (comensal); 


1 - Entamoeba histolytica

A Entamoeba histolytica é a mais patogênica deste grupo, e é a causa da disenteria amebiana no homem. As outras praticam comensalismo. 

A E. histolytica invade a parede intestinal e se multiplica na mucosa. No citoplasma do trofozoíta podem ser vistos, com freqncia, glóbulos vermelhos sanguíneos ingeridos; Os glóbulos não são observados no trofozoíta de nenhuma outra ameba.

A patologia causada, por E. histolytica inclui ulcerões (em formato de frasco) na parede intestinal e disenteria sanguinolenta. Se as amebas penetrarem na parede intestinal e se disseminarem por via sanguínea, pode ocorrer ulceração no fígado, nos pulmões, no cérebro ou outros tecidos, podendo ser fatal.

2 – Entamoeba coli (comensal não patogênica)
- O trofozoíta apresenta citoplasma granuloso e bactérias ingeridas, mas não glóbulos vermelhos sanguíneos.

- A movimentação é lenta. O estágio de cisto em geral possui de 4 a 8 núcleos com estrutura característica.

- Esse ciclo serve para todas as amebas. 

- O homem se infecta através de cistos, esses cistos, vem com água, alimentos contaminados, ocorre o desencistamento, param no intestino delgado, lá na forma de trofozoíta, vão se reproduzir e se alimentar, nessa fase, a hitolytica pode penetrar a parede do intestino e atingir fílgado, pulmões, outros órgãos.... Depois que para de se reproduzir, se migram para a porção final do intestino, se encista novamente e sai com as fezes. Temos dois estágios de desenvolvimento: cisto e trofozoíta.


Legenda:
Trofozoíta: É a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz, por diferentes processos. / Cisto: É a forma de resistência ou inativa.

- Diagnóstico: Pesquisa e identificação de trofozoítas ou cistos nas fezes ou na mucosa intestinal.

- Patologia e Sintomas: Pode ser assintomática ou apresentar leve desconforto abdominal, mal-estar, diarreia alternada com constipação, ou, se aguda, disenteria sanguinolenta e febre.
- A ameba pode invadir os pulmões, o cérebro, a pele e outros tecidos. A amebíase hepática é a complicação mais comum e mais grave.
- Esse parasita tem sido colocado na relação de doenças sexualmente transmissíveis.

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SUPERCLASSE MASTIGOPHORA
FLAGELADOS

- Os flagelados na classe Zoomastigophorea incluem os protozoários patogênicos que habitam o trato gastrointestinal, átrios, corrente sanguínea ou tecidos humanos.
- Existe somente um protozoário cavitário patogênico - Trichomonas vaginalis - que habita vagina e uretra.

- Flagelados a ser estudados: Giardia lamblia, Trichomonas vaginalis Trypanosoma cruzi e Leishmania,

- Os flagelados patogênicos Trypanosoma e Leishmania multiplicam-se no sangue (hemoflagelados) ou em tecidos humanos. Todas as espécies requerem um artrópodo como hospedeiro intermediário. Além disso, os hemoflagelados apresentam morfologia e localização espeficas tanto nos homens como nos artrópodos.

1 – Giardia Lamblia

O trofozoíta da G. lamblia apresenta simetria bilateral, tem dois cleos anteriores e oito flagelos.

- Não são invasores de tecido; entretanto, infecções pesadas e prolongadas podem acarretar má absorção na mucosa intestinal. A transmissão se dá peta ingestão do estágio de cisto em água ou alimentos contaminados com fezes.

- As escies de tricomonídeos não formam cistos.

- Nome da doença: Giardíase; nos EUA: diarreia dos viajantes.


- Sintomas: Dor abdominal, diarreia de odor fétido, gases fétidos, irritação mecânica da mucosa intestinal com achatamento das vilosidades e focos inflamatórios; sindrome de má absorção em infecções pesadas.



2) Trichomonas vaginalis

- Nome da doença: Vaginite tricomonótica, uretrite, tricomoníase.

- Trichomonas vaginalis multiplica-se na cavidade urinária, tanto do homem como da mulher.

- Geralmente, apenas as mulheres apresentam sintomas, sendo que os homens são assintomáticos.

- A transmissão de T vaginalis geralmente ocorre pela relação sexual.

- As escies de tricomonídeos não formam cistos. Trofozoítas móveis podem ser identificados em urina recente ou em esfregaço uretral ou.vaginal por suas caracteristicas estruturais.

*Comparando gonorreia com tricomoníase:

Gonorréia: No homem, a gonorreia é sintomática, ao urinar, sente fortes dores. Já na mulher é assintomática.

Tricomoníase:  No homem é assintomático e na mulher é sintomático, apresentando corrimentos vaginal amarelado, espumoso e fétido; sensação de queimação ao urinar.


3 - Trypanosoma
Trypanosoma Cruzi

- É transmitido pelo hospedeiro intermediário, Triatominae.

- Nome da doença: Doença de Chagas, tripanosomose americana
Quando o barbeiro suga o sangue, elimina fezes, o ato de coçar leva as fezes para a região da picada, isso que pode infectar o homem.

- A doença de Chagas pode acarretar dilatação do corão, do esôfago e do cólon, e eventualmente a morte, quando não tratada.

- O ciclo:

- O ciclo é heteroxênio: há participação de 2 hospedeiros (o barbeiro e o homem).

Como acontece a doença de chagas:

(1). O barbeiro pica uma pessoa / tatu ou gambá com chagas, se infectando com as formas tripomastigota (estágio infectante tanto para o homem como para o barbeiro, nesse caso, o barbeiro).
(2). Dentro do organismo do barbeiro, essas formas tripomastigota não conseguem se reproduzir, então rapidamente elas se transformam para a forma epimastigota (estágio reprodutivo do barbeiro) e desenvolvem no intestino dele.  Após esse processo de desenvolvimento, voltam a ser tripomastigota e são liberadas pelas fezes do Triatominae.
(3). Quando esse barbeiro pica uma pessoa não infectada (Inicia-se o estágio infectante do barbeiro p/ o homem). O barbeiro então, suga o sangue e defeca, infecta o homem na forma de tripomastigota.  
(4) O organismo do homem não consegue se reproduzir na forma de tripomastigota. Então, quando o homem coça a região ou a conjuntiva do olho, isso faz com que as células do tecido se transformem em amastigotas. Algumas (tripomastigotas) ficam livres na circulação e a grande maioria (amastigotas) migram principalmente para o coração. Lá perde o flagelo, fica em forma oval (estágio reprodutivo no homem)



TRIPO: HOMEM E BARBEIRO / EPIM: SÓ BARBEIRO / AMAST: SÓ HOMEM.

- Diagnóstico:
- Formas amastigotas em raspado, corado, da lesão da pele no local dapicada.
- Sorologia - teste de fixação de complemento de Machado, teste intradermico ou teste de hemaglutinação indireta; presença de anticorpos endordicos, vasculares e intersticiais (EVI).

- Sinais e sintomas: o coração aumentado e flácido pode causar morte súbita. Pode haver febre; fraqueza; bo, fígado e linfonodos hipertrofiados.

3 – Leishmania

- Todas as espécies de Leishmania o transmitidas pelo mosquito palha; hospedeiro intermediário, Phlebotominae.

- Da picada de um flebotomíneo infectado resulta inicialmente uma lesão de cura espontânea no local da picada, que pode durar mais de um ano e pode formar úlcera seca ou úmida, dependendo da espécie. Formas amastigotas podem ser encontradas

- L. braziliensis - identificação de amastigotas na periferia da lesão.

- L. donovani - identificação de amastigotas em lesão cutânea recente e posteriormente presente no sistema retículo-endotelial, baço, linfonodos, medula óssea e fígado. Também presentes em fezes, urina e secreção nasal.
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a) Leishmania Donovani

- Nome da doença: L. donovani - leishmaniose visceral, calazar, febre Dumdum

- Diferindo das outras; a L. donovani não permanece na lesão cutânea;

- O organismo dissemina-se para as vísceras, multiplicando-se nos. macrófagos de todos os órgãos e, finalmente, causa a morte, se o paciente não for tratado.

- Em cortes de tecidos (por exemplo, gado ou bo), a L. donovani pode ser vista como formas amastigotas, multiplicando-se intracelularmente (corpúsculos L.D.).

- Todas as espécies de Leishmania que infectam o homem são zoonóticas; o hospedeiro normal é um vertebrado, como o cão, a raposa ou roedores.
(QP)- Principal sintoma de leishmaniose quando está atingindo cães é o crescimento excessivo das unhas.

- Sinais e sintomas: Longo período de incubação. Lesão inicial: pápulas pequenas de curta duração no local da picada. Picos de calafrio e febre semelhantes à malária (pico duplo de febre diariamente); sudorese, diarreia, disenteria, perda de peso; esplenomegalia e hepatomegalia depois que a leishmania se dissemina e se multiplica no sistema retículo endotelial de vísceras.

b) Leishmania Braziliensis

- Nome da doença: L. braziliensis - Ieishmaniose cutâneo mucosa ou do Novo Mundo.

- L. braziliensis afeta as mucosas nasofaríngea e bucal. Além disso, toma-se subpatente e eclode anos mais tarde, resultando na erosão da cartilagem do nariz e das orelhas.

- Sinais e sintomas: Úlcera avermelhada, endurada pruriginosa; as lesões podem produzir metástases ao longo dos vasos linticos; cicatrização espontânea. Podem ocorrer deformões' de nariz e orelhas anos depois da ulceração crônica da mucosa.

- Ciclo:

- O ciclo é heteroxênio: há participação de 2 hospedeiros (o mosquito palha e o homem).

- Amastigota: Infectante para o inseto e reprodutiva para o homem.
- Promastigota: Infectante para o homem e reprodutiva para o inseto.

(1). A forma promastigota multiplica-se no intestino do flebotoneo (mosquito palha). O mosquito pica o homem, quando ele pica, transferindo forma promastigota (infectante p/ o homem). Quando é picado, é injetado substancia infectante junto com a saliva para efeito anestésico.
(2). No homem, os promastigotas invadem o tecido no local da ferida, os macrófagos fagocitam e os transformam em amastigotas (inicia-se o estágio reprodutivo no homem) que vão se multiplicar em macrófagos.
(3). As formas amastigotas em macrófagos diferenciam com o tipo. No caso da L.braziliensis: invadem somente macrófagos de lesão cutânea. E no caso de L. donovani invade tamm macrófagos de medula óssea, gado e baço.
Os amastigotas multiplicam-se por divisão longitudinal em macrófagos (no homem) ao ser picado, os flebotomíneos (mosquito palha) ingerem macrófagos infectados contendo amastigotas (forma infectante para o mosquito).
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CLASSE KINETOFRAGMINOPHOREA

- O Balantidium coli é o maior protozoário parasita e é o único ciliado patogênico para o ser humano.

- O B. coli provoca disenteria nas infecções intestinais graves, e pode ser encontrado nas fezes em ambos os estágios, trofozoíta e cisto.

- É provável que as infecções humanas sejam adquiridas diretamente pela ingestão de cistos em alimentos ou água contaminados com fezes.

- Este parasita é invasor de tecidos, e produz lesões intestinais ao longo da submucosa. Existem referências de infecções vaginais, adquiridas, provavelmente, pela contaminação do átrio vaginal com fezes.

- Os ciliados multiplicam-se assexuadamente por divio binária e têm também reprodução sexuada por conjugação, com troca de micronúcleos - Mesmo ciclo das amebas e giárdias.

- Nome de doenças: Balantidíase, disenteria balantidiana

- Sinais e sintomas: Pode ser assintotica. Desconforto abdominal com diarreia recorrente crônica, branda a moderada, ou disenteria aguda.

- Ciclo:
- Ciclo monoexênico.
O homem ingere cistos infectantes transmitidos por fezes, dedos, alimentos e moscas. No nosso organismo (intes. Delg) o cisto abre, ocorrendo o desencistamento. Lá no intestino grosso ocorre a divisão binária, principalmente, após se encistam novamente e é liberado nas fezes. 
- obs: É muito comum encontrar esse parasita em fezes de porcos, mas não deixa de ser monoexênico porque o ciclo ocorre integralmente no porco.
- Grupos de riscos para porcos: veterinários, tratadores, pessoas que lidam diretamente com porcos. 
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CLASSE SPOROZOA
- Parasitas esporozrios são protozoários endoparasitas obrigatórios sem organelas de locomoção aparentes.

- A maioria das espécies produz uma forma de esporo que é infectante para o hospedeiro definitivo depois de ingerido ou inoculado na picada do inseto vetor.

- Todos os gêneros têm ciclo de vida que inclui as fases de reprodução sexuada (produção de gametócitos e esporogonia) e assexuada (esquizogonia).

a) Plasmodium - Malária

- O gênero Plasmodium inclui o esporozoário que causa a malária humana.

- Sinais e sintomas: Todas causam esplenomegalia, paroxismos de febre e de calafrios, dores articulares e anemia pela destruição de glóbulos vermelhos. O pigmento malárico é depositado nos tecidos.

- Ciclo: Ciclo heteroexênico.

- Ciclo no interior do homem:



(1.) Início da infecção: O ciclo assexuado (esquizogonia) inicia-se quando uma fêmea do mosquito Anopheles (hospedeiro definitivo) pica o homem e injeta salivas com substâncias anticoagulantes, os esporozoítas infectantes presentes na saliva entram nos vasos sanguíneos da pele. Os esporozoítas migram através do sangue e invadem as células do fígado que irão invadir os hepatócitos.
(2 – ciclo exoritrocítico – ciclo dentro do hepatócito). Nos hepatócitos, os criptozoítas reproduzem-se por divisão assexuada e formando grande quantidade de merozoítas. Essa grande quantidade rompem a membrana dos hepatócitos caindo na circulação sanguínea.

(3– desenvolvimento no sangue). Os merozoítas invadem as hemácias (eritrócitos) na circulação sanguínea. Penetrando nas hemácias, se se desenvolvem e transformam em trofozoítas, que amadurecem através do estágio de esquizonte (é uma forma do plasmódio que está em divisão celular que irá originar novos merozoítos) em 36 a 72 horas (se nutrem com hemoglobina).

(4). Quando 'esquizonte está maduro a hemácia se rompe, liberando os merozoítas, que por sua vez invadem novas hemácias, reiniciando a fase dos eritrócitos. O ciclo de invasão da hemácia, a esquizogonia e a ruptura da célula, repetem-se indefinidamente.
(resumo): o merozoíta invade a hemácia > trofozoíta > esquizonte > ruptura da hemácia >  liberação de merozoítas.

Cada ciclo induz o, paroxismo quando substâncias tóxicas são liberadas das inúmeras hemácias rompidas. O paroxismo (síndrome de febre e calafrio) tem início súbito e é caracterizado por um período de dez a quinze minutos (ou mais) de calafrio com tremor, seguido de um período febril que dura duas a seis horas ou mais. O paciente começa a suar abundantemente quando a temperatura volta ao normal, associado a cefaleia intensa. O paroxismo é, em parte, uma resposta alérgica à liberação de antígenos parasitários.

- Ciclo no interior do mosquito.


(1). Algumas hemácias não se diferenciam em esquizonte, mas se modificam em outra forma, os gametócitos.

(2). Os gametócitos são responsáveis pela reprodução sexuada no parasita. Quando o mosquito pica uma pessoa infectada com malária, é sugado sangue com gametócitos. No estômago do mosquito, Anopheles, os gametócitos rompem as hemácias e inicia a fase sexuada do ciclo (esporogonia) transformando-se em macrogametócito (células sexuais femininas) e microgametócito (células sexuais masculinas).

(3). Os gametas unem-se (fecundação) no estômago do mosquito, formando um zigoto móvel (oocineto), que migra e se encista na parede do estômago do inseto (local de desenvolvimento). Dentro do oocisto, ocorre divisão celular, formas esporozoítas se desenvolvem dentro do oocisto. Após romper a membrana do oocisto libera os esporozoítas infectantes que migram para as glândulas salivares do mosquito.
Agora, o mosquito é um transmissor da malária. A picada toma-se, então, infectante para a próxima vítima humana. Os esporozoítas infectantes entram com a saliva do mosquito e migram até o fígado, e o ciclo se inicia novamente.

b) Toxoplasmose.
A toxoplasmose é uma zoonose e a infecção é muito frequente em várias espécies de animais: mamíferos e aves. O gato e alguns outros felídeos são os hospedeiros definitivos ou completos e o homem e os outros animais são os hospedeiros intermediários ou incompletos.

- Ciclo heteroxênico não obrigatório. A forma mais comum de transmissão ocorre tanto no gato como no homem, sendo heteroxênico, mas também, o ciclo pode ocorrer somente no gato, sendo monoexênico.
O Toxoplasma gondii pode ser encontrado em vários tecidos e células (exceto hemácias) e líquidos orgânicos (saliva, leite, esperma, líquido peritoneal, etc.). Nos felídeos não imunes podem ser encontradas as formas do ciclo sexuado no epitélio intestinal e também no meio exterior junto com as fezes desses animais após se completar a fase intestinal. Assim sendo, o parasito apresenta uma morfologia múltipla, dependendo do habitat e do estado evolutivo. As principais formas que o parasito apresenta durante o ciclo evolutivo são: taquizoítos, bradizoítos e oocistos.

 -Taquizoítos: forma encontrada durante a fase aguda da infecção, sendo também denominada de forma proliferativa. É uma forma de multiplicação rápida, por endodiogenia.
- Bradizoíto: forma encontrada em vários tecidos (musculares esqueléticos e cardíacos, nervoso, retina), geralmente durante a fase crônica da infecção. Multiplicam-se lentamente por endodiogenia.
- Oocisto: forma de resistência que possui uma parede resistente às condições do meio ambiente. Eles são produzidos nas células intestinais de felídeos não imunes e, são eliminados não esporulados juntamente com as fezes. Após esporulação no meio ambiente, contêm dois esporocistos, cada um com quatro esporozoítos.
Obs: O professor falou que não precisa saber detalhadamente o ciclo.

*Fase assexuada (ocorre nos tecidos dos vários hospedeiros, inclusive do próprio gato);
Hospedeiro suscetível (homem, por exemplo) ingere oocistos maduros contendo esporozoítos, então ocorre multiplicação rápida após passagem pelo intestino, ocorre fase proliferativa, rompem a célula, liberam os taquizoítos que vão invadir novas células. Nesta fase aguda, ocorre grande desseminação do parasito no organismo, através desses taquizoítos livres no sangue circulante, na linfa, ou, mesmo por taquizoítos que parasitam leucócitos: sendo assim, provocará um quadro polissintomático.
 Com o aparecimento da imunidade, os parasitos extracelulares desaparecem do sangue, da linfa e dos órgãos viscerais, há diminuição da multiplicação intracelular e, os parasitos resistentes evoluem para a formação de cistos. Esta fase cística, juntamente com a diminuição da sintomatologia, caracteriza a fase crônica. A formação desses cistos ocorre dentro de um processo assexuado, chamado de endodiogenia.

*Fase sexuada: ocorre intestino de gatos não imunes, e outros felídeos.
      O ciclo sexuado ocorre somente nas células epiteliais, principalmente no intestino delgado; por isso, são considerados hospedeiros definitivos. O gato (ou outro felídeo), se infecta por oocistos, cistos ou taquizoítos em suas fezes dependerá da forma ingerida.
Os esporozoítos, bradizoítos ou taquizoítos, ao penetrarem no epitélio intestinal do gato, sofrerão um processo de multiplicação por esquizogonia ou merogonia, dando origem a vários merozoítos. O conjunto desses merozoítos formados dentro da célula é chamado de meronte ou esquizonte maduro.         As células parasitadas se rompem, liberando os merozoítos que penetrarão novas células epiteliais e se transformarão em formas sexuadas masculina e femininas: os gametócitos que, após um processo de maturação formarão os gametas masculinos – microgametas e macrogametas. O macrogameta permanecerá dentro de uma célula enquanto que os microgametas móveis sairão de sua célula e irão fecundar o macrogameta, formando o zigoto. Este vai evoluir dentro do epitélio, formando uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto; após alguns dias, a célula epitelial se romperá, liberando o oocisto imaturo.
 Essa forma, através das fezes, alcançará o meio externo e, após um período de cerca de quatro dias, ficará maduro e apresentará dois esporocistos contendo quatro esporozoítos, cada.
O oocisto, em condições de unidade, temperatura e local sombreado favorável, é capaz de se manter infectante por cera de 12 a 18 meses.
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- Vias de infecção no homem: O homem adquire a infecção por três vias principais:
1-. Ingestão de oocistos maduros (4 dias para madurar ao ar livre) presentes em jardins, caixas de areia, latas de lixo ou disseminados mecanicamente por moscas, baratas, minhocas, etc.
2-. Ingestão de cistos encontrados em carne crua ou mal cozida, especialmente de porco e de carneiro; os cistos resistem por semanas ao firo, mas o congelamento a 0ºC ou o aquecimento acima de 60ºC  os mata;
3-. Congênita ou transplacentária: cerca de 40% dos fetos podem adquirir o Toxoplasma gondii durante a gravidez, estando a gestante na fase aguda da doença.

- Vias de infecção para o feto.
1-. Transplacentária: quando a gestante adquire a toxoplasmose durante a gravidez (entre o segundo mês até o fim da gestação) e apresentando a fase aguda da doença, poderá transmitir o Toxoplasma gondii, ao feto, tendo provavelmente os taquizoítos como formas responsáveis;
2-. Rompimento de cistos no endométrio: apesar de a mãe apresentar a doença na fase crônica, alguns cistos localizados no endométrio poderiam romper-se (distensão mecânica ou ação lítica das vilosidades coriônicas da placenta), liberando os bradizoítos que penetrariam no feto.
3-. Taquizoítos livres no líquido aminiótico: livres, eles penetrariam no feto.

- Diagnóstico:
- Imunológico. Hemaglutinação indireta - Serve tanto para como para toxoplasmose, é o mais rápido e barato.

- Profilaxia:
- Tratamento de doentes; Tratamento de caixas de areia; Evitar contato extremo e prolongado com gato; Evitar comer carne crua ou mal-cozida.



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