segunda-feira, 29 de abril de 2019

Farmacologia: Transt, bipolar / Esquizofrenia / Parkinson



Transtorno de bipolaridade

- Oscilação do simpático e parassimpático.

- Principal medicamento de ação: Lítio (estabilizador de humor). Age nas duas fases.

Transtorno de humor com episódios recorrentes de humor ou depressão elevados ou irritáveis, acompanhados por alterações na atividade ou energia e associados a sintomas cognitivos, físicos e comportamentais.

Bipolar I - desordem caracterizada por pelo menos um episódio de mania.

Bipolar II - distúrbio é caracterizado por pelo menos um episódio de depressão e pelo menos um episódio de hipomania, sem episódios de mania.

- Tratamento:


-.Para mania aguda: Se houver agitação emergente grave, considerar antipsicóticos intramusculares e / ou benzodiazepínicos intramusculares.

-.Para pacientes com episódio maníaco sem características mistas: O lítio pode ser a primeira opção.

- Se a resposta rápida necessária considerar a combinação de lítio mais quetiapina ou outro antipsicótico atípico.

- Se a resposta continuada for insatisfatória, mude a quetiapina para um antipsicótico atípico alternativo, como a risperidona ou a olanzapina, ou troque o lítio para o valproato, mas o valproato é contraindicado em mulheres em idade fértil.

- Litoterapia:

O lítio (Li+) é um tratamento eficaz para o transtorno bipolar. É administrado por via oral,

Efeito colateral: efeitos colaterais GI, tremor, edema, polidipsia e poliúria, bem como diabetes insípido e ganho de massa corporal

Mecanismo de ação: Interfere na transdução do sinal.

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Esquizofrenia 

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário.

- Esquizofrenia é o aumento exacerbado de dopamina.

- Sintomas positivos: alucinações, delírios e paranoia – aumento de dopamina.

- Alucinação: percepção sem estímulo; alucinações auditivas (geralmente “ouvir vozes”); qualquer sentido pode ser afetado (toque, olfato, paladar ou visão).

- Delírios: crença falsa fixa não compartilhada por outros da comunidade do paciente; pode ser pessoal; perseguição (crença de que alguém está sendo ameaçado ou está no centro de uma conspiração); passividade (crença de que os pensamentos ou ações da pessoa estão sujeitos ou controlados por uma força ou pessoa externa); outros (geralmente incluem temas grandiosos, sexuais ou religiosos, mas podem variar muito)

- Transtorno de pensamento: discurso distorcido ou ilógico (a linguagem não é usada de maneira lógica e coerente); tipicamente inclui o pensamento de “movimento de cavaleiro”, caracterizado por pensamentos que começam em uma direção e (similar a um cavaleiro no xadrez) de repente se movem tangencialmente sem qualquer conexão lógica

- Falta de discernimento (a incapacidade de reconhecer sintomas é causada por doença ou não é real)

- Sintomas negativos: diminuição da vontade, embotamento, recolhimento e apatia. – diminuição da dopamina.

Sintomas negativos incluem: embotamento emocional; retraimento social; escassez de discurso; perda de motivação e iniciativa; auto-negligência.

- Mecanismo de ação: Os fármacos antipsicóticos clinicamente úteis bloqueiam os receptores D2 pós-sinápticos de dopamina, embora o grau de bloqueio entre os fármacos varie muito cem relação à sua ação em outros neuroreceptores, especialmente receptores 5-hidroxitriptamina 2A ( 5-HT 2A) da serotonina e alguns outros subtipos de receptores de dopamina. Os fármacos antipsicóticos parecem exercer o seu efeito terapêutico, pelo menos em parte, pela inibição da ação da dopamina nas vias dopaminérgicas mesocorticais e mesolímbicas do SNC.

- Antipsicóticos típicos: Clorpramazina e haloperidol. Mecanismo: Diminui dopamina.

- Efeitos: Sedativo (efeito de sedação) e incisivos (efeito de remoção de delírios e alucinações)

– controle dos sintomas positivos: alucinações, delírios e distúrbios do pensamento. *INEFICAZ NO NEGATIVO.

- O que medeia os efeitos colaterais extrapiramidais (EEPs) dos agentes antipsicóticos: A medicações podem causar parkisonismo leve e diminuição de dopamina. A dopamina é quem controla a prolactina (favorece a secreção de leite), se diminui dopamina, diminui a prolactina. A diminuição exarcebada de dopamina causa a galactorreia e ginecomastia.

- Antipsicóticos atípicos: Clanazepina, Onlozapina, Quetiapina, rispindolona. (diminui serotonina e dopamina).

- Atípicos mostram alguma eficácia em pacientes resistentes e melhoram sintomas NEGATIVOS E POSITIVOS.

- Efeitos: Os agentes atípicos são menos propensos do que os agentes convencionais a causar efeitos adversos, mas pode elevar a prolactina. No entanto, aumento de massa corpórea ( clozapina, olanzapina, quetiapina), hipotensão arterial e sedação não são eventos incomuns. Podem agravar diabetes e hiperlipidemia, além de precipitar o aparecimento dessas doenças.

- A serotonina controla dopamina na amigdala, por isso, se diminuir a dopamina demais, pode causar depressão.

- Os agentes atípicos mais recentes têm estruturas geralmente únicas; alguns estudos têm sugerido que eles podem ter maior eficácia terapêutica no que diz respeito aos sintomas negativos da esquizofrenia.

A administração dos agentes antipsicóticos de baixa potência tem mais probabilidade de resultar em efeitos adversos autonômicos que incluem hipotensão ortostática, causada por bloqueio de adrenoceptor alfa, e boca seca, retenção urinária e taquicardia resultante de bloqueio de colinorreceptores muscarinicos. Seu bloqueio de receptores de histamina H1 no SNC resulta em sedação. Os agentes de alta potência ainda amplamente utilizados, por exemplo, haloperidol, são mais propensos a resultar em efeitos adversos neurológicos. Entre eles estão EEP, distonia aguda, acatisia e síndrome de Parkinson.

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Parkinson 

Doença caracterizada pela neurodegeneração progressiva da vida nigrostriada (substância negra)

Sintomas: Tremores, rigidez, bradicinesia, distúrbios posturais, disfunção cognitiva e demência.

A farmacoterapia visa aumentar as quantidades de dopamina ou estimular os receptores dopaminérgicos.

A doença de Parkinson é um distúrbio de movimento progressivo, degenerativo. Os sintomas da doença de Parkinson são causados pela degeneração de neurônios produtores de dopamina na substância negra. A perda de dopamina provoca um desequilíbrio entre a neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica.

Medicamentos:

- Precursor dopaminérgicos + inibidor da dopadescarboxilaxe =
Levodopa é um precursor da dopamina, é ele quem aumenta a síntese de dopamina.

A L-dopa é descarboxilada no estriado em dopamina, que interage com os receptores D2 de dopamina pós-sinápticos, ativando proteínas G inibitórias (Gi) e inibindo a atividade da adenililciclase nos neurônios GABAérgicos.

Carbidopa é quem protege a dopamina, inibindo as enzimas que degradam a dopamina.

Aqui aumenta a síntese de proteínas, mas muitas eram degradadas durante o processo, por isso desenvolveram os agonistas a seguir.

- Agonista dopaminérgico: Agonista de dopamina (quem faz o efeito), se ligam nos receptores de dopamina e ativa seu efeito (dopamina falsa). Bromocriptina, Ropirinol, pramipexol.

- Inibidor da MAO-B: Inibidor de quem degrada a dopamina. Deprenil.

- Antagonista muscarínicos: Ajuda a diminuir a contração e relaxamento. Diminuem os tônus colinérgico do SNC, diminuem o tremor. Biperideneo.

Efeitos neurológicos devido ao aumento de dopamina: Sintomas de esquizofrenia, ansiedade, agitação, prazer (recompensa), aumenta o simpático, ocorre midríase (dilatação), aumento da FC, efeitos gastrointestinais, constipação (ex: plasil), retenção urinária.

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