INFLAMAÇÃO -17-10-18
Reação dos tecidos vascularizados (destrói e bloqueia) à um agente agressor (biológico, físico ou químico) pela saída de líquidos e de células do sangue para o intertíscio (espaço entre as células).
- > Características gerais da inflamação:
* Aguda - Horas ou dias.
- Início rápido e duração curta;
- Caracterizada pela: exsudação de fluido de proteínas plasmáticas e migração dos leucócitos (resposta I) - transferência de fluido do vaso sanguíneo p/ fora da célula.
* Crônica: Semanas / Meses / Anos.
- Duração maior.
- Presença de linfócitos (resposta II) e de vasos sanguíneos, fibrose e necrose tissular.
A inflamação termina quando o agente agressor é eliminado e os mediadores secretados são destruídos e ou dispersos.
-> Causas:
- Infecção - Bactérias, vírus, fungos e parasitas.
- Trauma - Corte, perfuração.
- Agentes físicos - queimadura, frio excessivo, radiação.
- Corpos estranhos - farpas, suturas, poeira.
- Injúria imunológica- doença autoimune.
- Tecido morto (inflamação na área necrosada).
Se não tiver resposta inflamatória nunca cessaria o processo de inflamação. Então evoluiriam sem controle. Por exemplo, queimaduras não cicatrizariam, feridas ficaram abertas.
São recrutados leucócitos, linfócitos, plaquetas, monócitos e odo conteúdo para o local da infecção.
-> Sinais Cardinais:
- Rubor: vermelhidão devido a dilatação dos vasos.
- Dor: devido ao aumento de pressão, acúmulo de fluidos intersticial, mediadores químicos.
- Calor: aumento de fluxo sanguíneo, eleva a temperatura.
- Inchaço: acúmulo extravascular de fluído p/ interstício.
- Perda de função: devido ao inchaço e dor.
* Inflamação AGUDA.
Resposta imediata e inicial ao agente agressor.
- > Componentes:
1- Alteração no calibre vascular (+fluxo sanguíneo). Há vasodilatação arteriolar, causando aumento do fluxo sanguíneo e abertura dos capilares. É a causa de vermelhidão e c alor, indicações características de inflamação aguda.
2 - Aumento da permeabilidade vascular: causa saída de líquido rico em proteínas para o interstício devido também a maior pressão hidrostática intravascular - causa vermelhidão e dor.
Com o aumento da permeabilidade da circulação capilar, o líquido intravascular, rico em proteínas, extravasa para dentro dos tecidos extravasculares. Esta perda de líquido pelo sangue faz com que a concentração de hemácias aumente, causando aumento da viscosidade do sangue que diminui a velocidade do fluxo sanguíneo.
- 2.2 - Contração endotelial: Mais comum pela histamina e bradicinina.
- 2.3 - Exsudato: Saída de líquido ou de outras substâncias como proteínas e glicídios.
O líquido intravascular, rico em proteínas, extravasa para dentro dos tecidos extravasculares.
Esta perda de líquido pelo sangue faz com que a concentração de hemácias aumente, causando aumento da viscosidade do sangue , que diminui a velocidade do fluxo sanguíneo.
- 2.4 - Transudato: Caracterizado pela baixa quantidade de proteínas, causado pelo aumento da pressão hidrostática. Saí líquido mas continua proteína no vaso sanguíneo.
Vasodilatação arteriolar e o aumento do volume sanguíneo provocam aumento da pressão hidrostática intravascular, resultando em saída de líquido dos capilares para o tecido. Este líquido, chamado de transudato, e é, essencialmente, um “filtrado” do plasma, com poucas proteínas.
3 - Acúmulo de leucócitos: Células de defesa na região agredida.
-3.1 - Diapedese leucocitária e fagocitose: Recrutamento de células para o local da inflamação - através dos vasos sanguíneos até a célula-alvo.
- Marginação leucocitária:
Leucócitos, principalmente neutrófilos, começam a se acumular ao longo da superfície endotelial vascular, um processo chamado de marginação.
- Rolagem:
Os leucócitos rolam pela superfície endotelial, se aderindo transitoriamente ao longo do caminho por um processo chamado rolagem
Os leucócitos rolam pela superfície endotelial, se aderindo transitoriamente ao longo do caminho por um processo chamado rolagem
- Adesão.
Trata -se de adesões fracas e transitórias.
Trata -se de adesões fracas e transitórias.
- Diapedese leucocitária.
Após a aderência, os leucócitos migram através da parede do vaso, “espremendo-se" entre as junções intercelulares endoteliais.
Após a aderência, os leucócitos migram através da parede do vaso, “espremendo-se" entre as junções intercelulares endoteliais.
- Quimiotaxia: susbtância química que atrai os leucócitos para região.
Após a diapedese, os leucócitos migram em direção ao local da lesão ou infecção ao longo de um gradiente de quimiocinas (produtos bacterianos, citocinas), um processo chamado de quimiotaxia
Após a diapedese, os leucócitos migram em direção ao local da lesão ou infecção ao longo de um gradiente de quimiocinas (produtos bacterianos, citocinas), um processo chamado de quimiotaxia
- Ativação leucocitária.
Uma vez recrutados para o local de infecção ou lesão, os leucócitos devem ser ativados para exercerem suas funções. Os estímulos para a ativação incluem micróbios, produtos das células necróticas e vários mediadores. Os leucócitos possuem uma gama de receptores diferentes, que, quando ativados, induzem um numero de respostas nos leucócitos que fazem parte da sua função normal de defesa – conjuntamente, chamadas de ativação leucocitária, que resulta em: funções dos leucócitos.
- > Funções dos leucócitos:
- Fagocita.
-Destrói bactérias.
- Degrada tecido necrosado,
- Degrada corpos estranhos.
- Podem prolongar inflamação.
- Induzem lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio.
- Mediadores químicos da inflamação: Os fenômenos vasculares e celulares observados durante a inflamção dependem de série de mediadores químicos.
Aminas Vasoativas - > Histamina e Serotonina: Vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e contração endotelial.
Como por exemplo: histamina, que causa produção de mastócitos, basófilos; bradicinina, que é um vasodilatador - plaquetas; enzimas. Cada mediador químico é responsável por um processo e função na resposta inflamatória.
Aminas vasoativas: São armazenadas (principalmente nos mastócitos) como moléculas pré-formadas e estão entre os primeiros mediadores a serem liberados na inflamação aguda.
a. Histamina: produzida por vários tipos celulares, mas especialmente mastócitos, adjacentes aos vasos e residentes do conjuntivo, e pelos basófilos e plaquetas circulantes.
- A histamina pode ser liberada em resposta a vários estímulos, como: lesão física (ex: trauma, calor), reações imunes envolvendo IgE, fragmentos do complemento, proteínas de liberação de histamina derivadas de leucócitos, neuro peptídeos (ex: substância P) e citocinas.
- A histamina causa dilatação de arteríolas e é o principal mediador da fase imediata de aumento da permeabilidade vascular , induzindo a contração do endotélio venular. Após sua liberação, a histamina é inativada pela histaminase.
b. Serotonina: possui efeitos iguais à histamina. É encontrada principalmente nos grânulos das plaquetas (junto a histamina)e liberada durante a agregação plaquetária.
__
Progressão para a inflamação crônica: Ocorre no caso do agente nocivo não ter sido removido. Dependendo da extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como a capacidade de regeneração dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser sucedida por restauração da estrutura e função normais, ou pode resultar em cicatrização.
Aminas vasoativas: São armazenadas (principalmente nos mastócitos) como moléculas pré-formadas e estão entre os primeiros mediadores a serem liberados na inflamação aguda.
a. Histamina: produzida por vários tipos celulares, mas especialmente mastócitos, adjacentes aos vasos e residentes do conjuntivo, e pelos basófilos e plaquetas circulantes.
- A histamina pode ser liberada em resposta a vários estímulos, como: lesão física (ex: trauma, calor), reações imunes envolvendo IgE, fragmentos do complemento, proteínas de liberação de histamina derivadas de leucócitos, neuro peptídeos (ex: substância P) e citocinas.
- A histamina causa dilatação de arteríolas e é o principal mediador da fase imediata de aumento da permeabilidade vascular , induzindo a contração do endotélio venular. Após sua liberação, a histamina é inativada pela histaminase.
b. Serotonina: possui efeitos iguais à histamina. É encontrada principalmente nos grânulos das plaquetas (junto a histamina)e liberada durante a agregação plaquetária.
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Progressão para a inflamação crônica: Ocorre no caso do agente nocivo não ter sido removido. Dependendo da extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como a capacidade de regeneração dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser sucedida por restauração da estrutura e função normais, ou pode resultar em cicatrização.
*Inflamação CRÔNICA
24-10-18
- Duração maior.
- Proliferação de vasos - porque o agente agressor está permanente.
- Forma fibrose (cicatrização)
Trata-se de uma inflamação prolongada (de meses ou anos), na qual a inflamação propriamente dita, a lesão tissular e a tentativa de reparo dos danos ocorrem simultaneamente. Pode ser a continuação de uma inflamação aguda, mas, normalmente, começa de maneira enganosa, como uma reação pouco intensa, geralmente assintomática. A inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das doenças mais debilitantes (ex: tuberculose, doenças pulmonares crônicas, arteriosclerose).
-> Características gerais:
- Infiltração de linfócitos, macrófagos e plasmócitos.
- Destruição de tecidos. Pela persistência do agente nocivo ou pela reação / processo inflamatório - necrose.
- Reparação por substituição por tecido conjuntivo (angiogênese e fibrose) - Tentativa de cicatrização pela substituição de tecido danificado por tecido conjuntivo, efetuado através da proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e fibrose.
Obs: Nem toda inflamação crônica passa pelo processo de inflamação aguda.
-Infiltração celular (infiltração leucocitária): invasão de uma concentração muito grande de células de defesa contra uma bactéria de uma determinada região.
O macrófago é a célula predominante na inflamação crônica. Do sangue, os monócitos migram para os tecidos e se diferenciam em macrófagos. Os monócitos começam a migrar para os tecidos extravasculares logo no início da inflamação aguda, e, cerca de 48h depois, tendem a ser as células predominantes. O processo de migração de macrófagos é idêntico ao de neutrófilos. Nos tecidos, macrófagos são ativados por citocinas, e outros mediadores químicos. A ativação resulta em aumento do tamanho celular, aumento da quantidade de enzimas lisossomiais, aumento do metabolismo e melhora da habilidade fagocítica. Os macrófagos ativados secretam uma variedade de produtos biologicamente ativos, que, se não forem controlados, resultam em lesão tecidual e fibrose característicos da inflamação crônica.
- A progressão para a inflamação crônica ocorre quando não é possível resolver a resposta inflamatória aguda por:
a) Persistência do agente agressor.
b) Interferência no processo normal de cura.
- > Origens:
- Infecções persistentes: Por certos microrganismos (bacilos da tuberculose, fungos).
- Exposição prolongada: Por agentes potencialmente tóxicos (sílica, aterosclerose). Devido a placa de gorduras.
- Autoimunidade: esclerose múltipla é um exemplo.
- > Células: Na inflamação crônica proliferam basicamente em células mesenquimais. Essas células situam-se normalmente ao redor de capilares e de pequenos vasos sanguíneos no tecido conjuntivo frouxo.
- Fibroblastos / Células endoteliais e Macrófagos.
*Fibroblastos:
-Responsável pela biossíntese de colágeno do tipo I.
- Produz substância intercelular e origina células de outros tecidos conjuntivos - regeneração do tecido lesado.
*Endoteliais:
- Participam da resposta imune, gerando citocinas que modulam atividade dos linfócitos. Proteínas sendo produzidas p/ chamar célula ou gerar um óxido p/ matar o agente agressor.
Os monócitos circulantes são recrutados para a área de inflamação, aderem ao endotélio vascular e emigram para o tecido, transformando-se em macrófagos teciduais, que serão ativados. Tal ativação pode ocorrer por via não-imunológica, através da endotoxina, fibronectina e mediadores químicos ou através da via imunológica, com a presença de células T ativadas. A ativação macrocitária vai causar lesão tecidual.
Os monócitos circulantes são recrutados para a área de inflamação, aderem ao endotélio vascular e emigram para o tecido, transformando-se em macrófagos teciduais, que serão ativados. Tal ativação pode ocorrer por via não-imunológica, através da endotoxina, fibronectina e mediadores químicos ou através da via imunológica, com a presença de células T ativadas. A ativação macrocitária vai causar lesão tecidual.
*Macrófagos.
- Extravasamento para o local da lesão diapedese).
- No tecido extracelular - diferencia em célula fagocítica.
- Responsável por grande parte da destruição tecidual e estimula fibrose.
- Óxido nítrico e radicais livres. Substâncias liberadas.
- Protease - sistema complemento (Trata-se de um conjunto de proteínas plasmáticas que exercem papel importante na imunidade do organismo e na inflamação).
- Fatores - angiogênese.
- Fatores fibrinogênicos.
- Acúmulo de macrófagos no tecido.
A presença de macrófagos do tecido cronicamente inflamado é garantida pelo recrutamento de monócitos no sangue, proliferação local de macrófagos e imobilização local dos macrófagos, sendo o primeiro mecanismo o mais importante. As citocinas produzidas pelos macrófagos serão importantes no recrutamento de leucócitos, prolongando a resposta inflamatória.
* Granulomas - Se fundem e formam células gigantes.
- Acúmulo de macrófagos.
- Cercados de linfócitos.
- Acúmulo de macrófagos.
- Cercados de linfócitos.
- Inflamações granulosas:
- Bacterianas: Ocorre em algumas condições imuno mediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas. A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve.
- Parasitária: Esquistossomose.
- Corpos estranhos.
-> Reparação por tecido conjuntivo (fibrose):
- Angiogênese.
- Migração e proliferação extra-celular.
- Maturação organização do tecido fibroso (remodelamento).
- > Padrões morfológicos - AGUDAS E CRÔNICAS.
1 - Inflamação serosa.
2 - Inflamação fibrinosa.
3 - Infl. supurativa ou purulenta.
4- Ulcerativa.
1- Inflamação serosa:
- Presente nas primeiras fases.
- Vesículas e bolhas.
Caracterizada pelo extravasamento de um fluido aquoso, relativamente pobre em proteínas que, dependendo do local da lesão, podem se originar do soro sanguíneo ou das células que revestem pleura, pericárdio e peritônio. Bons exemplos são a bolha cutânea formada na queimadura. O líquido em uma cavidade serosa é chamado de efusão.
2 - Inflamação fibrinosa.
- Predomínio de exsudato fibrosa que origina placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas e as serosas. É característico da inflamação do revestimento de cavidades (ex: meninges, pericárdio, pleura).
- Ocorre em consequência de lesões mais graves.
- Permite que moléculas grandes (ex: fibrinogênio) atravessem a barreira endotelial. Histologicamente, a fibrina extravascular acumulada aparece como uma rede eosinofílica de filamentos ou, às vezes, como coágulo amorfo.
3 - Infecção supurativa - purulenta.
- Composto por pus, líquido de densidade, cor e cheiro variáveis, constituído por soro, exsudato e células mortas - principalmente por neutrófilos e macrófagos. Ex: pústula, furúnculo, abcesso.
a - Infecção supurativa - Abcesso:
Grande quantidade de neutrófilos num órgão ou tecido, com destruição das estruturas normais, e formação de líquido viscoso chamado, pus.
- Os abscessos são coleções organizadas de pus e podem ser causados por micro-organismos purulentos que infectaram tecidos ou por infecções secundárias de focos necróticos.
b- Infecção supurativa - Furúnculo:
Estafilococos que penetram nos folículos pilosos, causando inflamação aguda do folículo e das glândulas sebáceas. É formado por bactérias, restos celulares, secreção glandular, sangue e neutrófilos. Estas substâncias formam pus.
4 - Ulcerativa.
Típica de epitélios de revestimento (pele e mucosa) com necrose profunda, atingindo a submucosa provocando frequentemente hemorragia. Ex: gástrica.
- Bacterianas: Ocorre em algumas condições imuno mediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas. A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condições em que esse tipo de inflamação se desenvolve.
- Parasitária: Esquistossomose.
- Corpos estranhos.
-> Reparação por tecido conjuntivo (fibrose):
- Angiogênese.
- Migração e proliferação extra-celular.
- Maturação organização do tecido fibroso (remodelamento).
- > Padrões morfológicos - AGUDAS E CRÔNICAS.
1 - Inflamação serosa.
2 - Inflamação fibrinosa.
3 - Infl. supurativa ou purulenta.
4- Ulcerativa.
1- Inflamação serosa:
- Presente nas primeiras fases.
- Vesículas e bolhas.
Caracterizada pelo extravasamento de um fluido aquoso, relativamente pobre em proteínas que, dependendo do local da lesão, podem se originar do soro sanguíneo ou das células que revestem pleura, pericárdio e peritônio. Bons exemplos são a bolha cutânea formada na queimadura. O líquido em uma cavidade serosa é chamado de efusão.
2 - Inflamação fibrinosa.
- Predomínio de exsudato fibrosa que origina placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas e as serosas. É característico da inflamação do revestimento de cavidades (ex: meninges, pericárdio, pleura).
- Ocorre em consequência de lesões mais graves.
- Permite que moléculas grandes (ex: fibrinogênio) atravessem a barreira endotelial. Histologicamente, a fibrina extravascular acumulada aparece como uma rede eosinofílica de filamentos ou, às vezes, como coágulo amorfo.
3 - Infecção supurativa - purulenta.
- Composto por pus, líquido de densidade, cor e cheiro variáveis, constituído por soro, exsudato e células mortas - principalmente por neutrófilos e macrófagos. Ex: pústula, furúnculo, abcesso.
a - Infecção supurativa - Abcesso:
Grande quantidade de neutrófilos num órgão ou tecido, com destruição das estruturas normais, e formação de líquido viscoso chamado, pus.
- Os abscessos são coleções organizadas de pus e podem ser causados por micro-organismos purulentos que infectaram tecidos ou por infecções secundárias de focos necróticos.
b- Infecção supurativa - Furúnculo:
Estafilococos que penetram nos folículos pilosos, causando inflamação aguda do folículo e das glândulas sebáceas. É formado por bactérias, restos celulares, secreção glandular, sangue e neutrófilos. Estas substâncias formam pus.
4 - Ulcerativa.
Típica de epitélios de revestimento (pele e mucosa) com necrose profunda, atingindo a submucosa provocando frequentemente hemorragia. Ex: gástrica.
-> Efeitos sistêmicos na inflamação: Febre e leucocitose.
_________
Reparo de lesões
31-10-18
Reparação: Quando a célula é lesionada por agente agressor ocorre morte da célula e inicia-se a reparação.
- Agressão: Leva a desorganização e morte tecidual.
- Reparo: Substituição da células e tecidos alterados por um tecido novo, derivado das células sobreviventes no local injuriado.
- > Pode ser via:
- Regeneração: Reposição de um grupo de um grupo de células destruídas pelo mesmo tipo de célula. - As células que sobram se multiplicam e recolonizam o local.
- Cicatrização: Tecido original é substituído por tecido fibroso.
OBS: Ambos requerem crescimento celular, diferenciação e interação entre célula e matriz extracelular.
- O nível do reparo depende do nível da lesão.
- > Características da proliferação celular.
* Células lábeis (renovam-se sempre):
- Encontram-se em constante divisão.
- Pele, cavidade oral, trato gástrico, hematopoiese, linfócitos.
* Células Estáveis (quiescentes):
- Tem baixo nível de replicação;
- Proliferação rápida quando ativada / Estimulada quando há lesões.
- Fígado, rim pâncreas endotélio e fibroblastos.
*Células permanentes (não se dividem):
- Perderam a capacidade de divisão.
- Tecido morto ´substituído por uma cicatriz.
- Células nervosas, músculos cardíacos e esquelético.
- > Regeneração tecidual:
- Processo onde o tecido lesado é reposto por células com as mesmas características daquelas que se perderam (fígado).
- Restitui à área lesada a completa normalidade, tanto morfológica quanto funcional.
- Controla da por ESTÍMULOS BIOQUÍMICOS, liberados em resposta à lesão celular reversível, necroses ou traumas mecânicos.
- > Cicatrização;
- Substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo fibroso.
- Perda da função fisiológica: da região comprometida.
- Para que a cicatrização se efetue:
a - Eliminação do agente agressor - inflamação.
b - Potencial de proliferação das células.
c- Irrigação sanguínea e nutrição suficientes (angiogênese)
* Fases da Cicatrização:
a - Fase inflamatória ou Exsudativa:
- 48 a 72 h.
- Sinais Inflamatórios: Dor, Calor, Rubor e Edema.
- Mediadores químicos provocam vasodilatação aumentam a permeabilidade dos vasos e favorecem a quimiotaxia dos leucócitos. - vão p/ o local do agente agressor.
- Neutrófilos (primeiras 24h) - combatem os agentes invasores e macrófagos realizam fagocitose.
b - Fase Proliferativa (3 a 14 dias) - após a fase inflamatória.
- Re-epitelização: Nas primeiras 24 h, células basais das bordas da ferida, proliferam-se e se alongam, e começa a migrar p/ o outro lado (bordas contrárias) da superfície da ferida, midração de fibroblastos.
obs: Se a célula lesiona em um local que não é capaz de se proliferar forma fibras. / Se sim, a pele se regenera mas c/ presença de poucas fibras.
- Formação do tecido de granulação: 4 dias após o início da lesão, a ferida é invadida por tecido de granulação (fase proliferativa), fibroblastos, células inflamatória, capilares neoformadas (p/oxigenar a célula) (angiogênese) envoltos em colágeno, fibronectina e ácido hialurônico.
c- Síntese proteica: 5 dias depois da lesão, predominam a síntese de colágeno por características do paciente e da ferida. Comum no fígado, pâncreas, rim, células endoteliais e fibroblastos.
d- Contração da ferida: Inicia-se de 4 a 5 dias após a lesão e continua por cerca de 2 semanas ou mais nas feridas crônicas. A contração é caracterizada pela predominância de miofibroblastos na periferia da ferida.
e- Fase de redemolagem ( 7 dias a 1 ano):
- Ocorre equilíbrio entre taxa de síntese e degradação de colágeno. Este processo é controlado por mediadores presentes na lesão;
- A remodelagem é essencial para a formação de uma cicatriz resistente (contração da ferida);
- A cicatrização é mais duradoura em processos inflamatórios reincidentes.
___________________________________
Distúrbios do Crescimento e da diferença celular
07-11-2018
- Crescimento (multiplicação celular): Indispensável ao desenvolvimento normal do organismo é necessário para reposição de célula que morrem pelo processo normal do envelhecimento.
- Diferenciação: refere-se a especialização morfológica e funcional das células. Diferencia tanto no formato quanto na função.
-> Classificação do volume celular.
- Hipertrofia: Célula sofre um estímulo, aumentando a síntese de seus constituintes básicos e seu volume.
- Hipotrofia "atrofia": Célula com volume menor. Causas: agressão que resulta em diminuição da nutrição, do metabolismo e da síntese necessária das moléculas para a renovação de suas estruturas.
* Hipertrofia
- Aumento quantitativo dos constituintes e das funções celulares, resultando em aumento volumétrico das células e dos órgãos atingidos.
- Adaptação a sobrecarga de trabalho podendo ser fisiológica ou patológica.
**Exigências:
- Aumento de O2 de de nutrientes.
- Integridade celular (organelas e substâncias enzimáticas).
- Inervação preservada.
a) Hipertrofia fisiológica: São fenômenos programados, como, por exemplo, a hipertrofia uterina durante a gravidez.
b) Hipertrofia patológica: Não são programadas e aparecem em consequências de vários estímulos. Ex: hipertrofia do miocárdio (Quando há sobrecarga do coração como a resistência vascular periférica), hiper. da musculatura esquelética (musculação, luxação), hipertrofia de hepatócitos.
* Hipotrofia
- Redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares, resultando em diminuição do volume das células e do órgão atingido.
- Mecanismo básico: redução do anabolismo celular.
- Causas: Diminuição da carga de trabalho. Perda de inervação. Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia). Nutrição inadequada, envelhecimento.
- Pode ser fisiológica ou patológica.
a) Hipotrofia fisiológica:
- Senilidade não há prejuízo funcional. (perda de conexos, diminução vol celular)
- Útero após o parto.
- Glândulas mamárias e endométrio na menopausa.
b) Hipotrofia patológica:
- Desuso: Ex: músculos esqueléticos - uso de tala.
- Compressão: Ex: tumores.
- Obstrução vascular.
-Substâncias tóxicas.
- Redução de certos hormônios. Ex: tireoidismos, GH, testosterona.
- Perda de inervação. Ex: paraplégico.
-> Alterações da taxa de divisão celular.
* Hiperplasia: Consiste no aumento de número de células de um órgão ou parte dele, por aumento da proliferação celular mas com diferenciação normal.
- Desencadeia por agente que estimula funções específicas da célula.
- Pode ocorrer concomitantemente com hipertrofia.
a) Hiperplasia fisiológica:
- Hiper. compensadora: fígado (hepatectomia), rim (após nefrectomia). Quando é tirado e depois fisiologicamente o organismo compensa com a hiperplasia, aumentando a divisão celular na região.
- Hiper. Secundária à estimulo hormonal: Ex: Útero na gravidez; Mama na puberdade e lactação. Devido a alteração da proporção hormonal e consequentemente aumenta a divisão celular para aumentar e manter a espessura do endométrio, onde o embrião se instala. Na puberdade, na amamentação ocorre essas alterações hormonais.
- Aumento de estrógeno - > hiper. de mama e do endométrio.
- Aumento de TSH - > Hiper. da tireoide.
- Aumento de ACTH -> Hiper do córtex suprarrenal.
b) Hiperplasia Patológica:
- Homem acima de 50 anos, maior nº de receptor para diidrotestosterona. Estímulo para aumentar a divisão celular > volume > nº de células na região.
- Grandes nódulos comprimem o canal uretral: Retenção urinária - distensão e hipertrofia da parede da bexiga.
* Hipoplasia: Diminuição da população celular de um tecido, órgão ou parte dele.
- A região afetada é menor e meno pesado do que o normal. Conserve o padrão arquitetural básico (padrão celular).
a) Hipo. Patológico: Hipo dos órgãos linfonóides, na AIDS em consequência da destruição de linfócitos devido ao uso de corticóides.
- Hipo da medula óssea provocada por agentes tóxicos ou infecções (anemia hipoplásica).
* Aplasia: Sem proliferação.
- > Alterações da diferenciação celular:
* Metaplasia: Alterações reversíveis na qual um tipo celular diferenciado é substituído por outro tipo celular em resposta ao estímulo.
Ex: Cigarro, é uma irritação química. A irritação química como um estímulo, o tabaco, faz com que o epitélio mude o tecido para proteger o organismo.
- Mudança de um tipo de tecido adulto em outro da mesma linhagem (epitelial - > outro tipo de epitelial, mas não para um mesenquimal). Continua sendo epitelial, mas muda o formato, mais resistente.
- É o resultado de irritações persistentes que acabam levando ao surgimento de um tecido mais resistente.
-> Alteração do crescimento e da diferenciação celular.
* Neoplasia: proliferação autônoma com perda da diferenciação. Sem controle.
* Displasia: alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células. Comum proceder o câncer.
* Tumor: Lesão expansiva ou intumescimento (expansão) localizado.
*Oncologia ou cancerologia: Ramo da patologia que estuda as neoplasias. Proliferação anormal de maneira descontrolada e autônoma, irreversível onde as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar.
* Neoplasia maligna: Câncer. Progressividade: proliferação celular descontrolada e excessiva e não coordenada, e de intensidade progressiva. / Perda da diferenciação celular.
* Independência: Ausência da resposta aos mecanismos de controle. / Autônoma de crescimento.
* Irreversibilidade: Ausência de dependência da continuidade do estímulo.
-> Estímulo da neoplasias:
- Na grande maioria dos casos é desconhecida.
- Mas existem vários fatores que se não determinam, pelo menos predispõem a oncogênese.
- "Carcinogênicos" e "Cocarcinogênicos".
- Processo de proliferação (desequilibrada) e diferenciação celular.
______________________________
Neoplasia
14-11-18
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